No mês de março, ocorreu a segunda edição do Movimento Brasileiro de Conscientização da Endometriose (MovEndo), que recebeu 50 mulheres de forma gratuita no último sábado do mês, dia 25, das 8h às 12h30. A ação, que foi um sucesso em 2022, retornou neste ano novamente no mês dedicado à conscientização da endometriose, com a campanha do março amarelo.
O MovEndo tem como objetivo propagar a conscientização sobre a endometriose, seus sintomas e tratamentos através de eventos, ações e debates relacionados ao tema. Nesta segunda edição, as mulheres com diagnóstico ou com sintomas sugestivos de endometriose participaram de diversas atividades, como a realização de exames de ressonância magnética, ultrassonografia, sessões de fisioterapia pélvica, consultas com nutricionistas, aferição de pressão arterial, entrega de camisas e panfletos, lanche saudável, exibição de vídeos informativos sobre endometriose e palestras com vários especialistas.
O evento ocorreu na sede da Associação Bahiana de Medicina (ABM), na Rua Baependi, nº 162, e para participar foi necessário pegar a senha um dia antes do evento no dia 24/03 (sexta-feira), a partir das 8h até as 17h, ou enquanto houvesse disponibilidade.
A endometriose acomete cerca de 10% das mulheres em idade fértil no Brasil, e é caracterizada pelo crescimento inadequado do endométrio, tecido que recobre a parte interna do útero. O tecido pode invadir também órgãos da região pélvica como intestino, ovários, trompas e bexiga. A endometriose é uma das causas mais comuns da infertilidade nas mulheres em idade reprodutiva.
O diagnóstico de endometriose pode demorar em média de 8 a 10 anos, uma vez que, por exemplo, as cólicas no período menstrual são normalizadas pela sociedade, mas sentir dor ao ponto de ficar acamada não é normal, alerta o médico cirurgião e diretor do núcleo de cirurgia ginecológica do Instituto Baiano de Cirurgia Robótica (IBCR), Marcos Travessa.
O tratamento de endometriose é totalmente individualizado, porque varia de acordo com o grau do caso da paciente, e pode incluir desde terapias hormonais e mudanças de hábitos como a adoção de uma dieta anti-inflamatória e atividade física regular, até a clássica cirurgia de endometriose. O médico Marcos Travessa conscientiza que a endometriose ainda não tem cura, mas tem tratamento visando melhorar a qualidade de vida das portadoras, e alerta que a cirurgia é feita apenas em último caso.
Mulheres que desejam engravidar e que fizeram a cirurgia, têm incidência de 40% a 70% de chances de gestações após a operação. Atualmente, a cirurgia pode ser feita com alta tecnologia, a chamada cirurgia minimamente invasiva assistida por robô.
Esse tipo de cirurgia é muito utilizada nos Estados Unidos, por ser considerada mais segura devido a maior precisão, e pelo menor tempo de recuperação das pacientes.
Ficou interessada em participar do MovEndo? A segunda edição do evento já aconteceu, mas fique de olho em nossas redes sociais e site para acompanhar as novidades e se programar para o próximo ano. Não perca a oportunidade de conhecer mais sobre a endometriose. Te esperamos na próxima edição do MovEndo!
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