Um dos grandes fantasmas que assombram as pacientes portadoras de miomas é esse: a impressão de precisar retirar o útero – e o temor de que isso se concretize.
Isso é falso. Precisar retirar o útero para tratar miomas é um mito que circunda a doença
A histerectomia (como chamamos a cirurgia de retirada do útero) pode, sim, ser necessária em alguns casos. No entanto, está longe de ser em todos eles!
Sempre que se fala de doenças pélvicas, como miomas e endometriose, a maior e mais dolorosa questão envolvida é a diminuição ou perda da fertilidade.
Essas doenças, por provocarem alterações na anatomia da pelve feminina, podem dificultar e até impedir o sucesso de uma gravidez.
E é muito frequente que os tratamentos para essas doenças sejam buscados justamente para que o sonho da gestação se faça possível.
Então, é claro, a histerectomia é uma medida temida. Mas que deve ser evitada; ser considerada um último recurso. Especialmente se há, na paciente, o desejo de engravidar.
O tratamento é prescrito individualmente, considerando:
Miomas com sintomas mais leves podem ser tratados apenas com a prescrição de medicamentos.
Esses remédios vão buscar o controle dos sintomas, como redução do sangramento e das cólicas.
Somente se o tratamento com remédio não for suficiente para controlar os sintomas, ou se a doença provocar a infertilidade e a paciente tem o desejo de engravidar, pode-se recorrer à via cirúrgica.
No terreno das cirurgias, a miomectomia é a opção mais simples: trata-se da cirurgia em que se retira os miomas, preservando-se o útero.
Essa intervenção cirúrgica deve ser feita por via laparoscópica ou robótica. Em alguns casos extremos, a laparotomia (cirurgia aberta) pode se fazer necessária, especialmente se os miomas forem muitos e o útero estiver muito grande.
E, apenas nos casos em que esses recursos não resolverão o problema, e os miomas continuarão prejudicando muito a saúde e qualidade de vida da paciente, a histerectomia se fará necessária.
Ela é, realmente, a última opção: deve ser considerada para mulheres que já não têm o desejo reprodutivo, e se o controle da doença com as outras duas alternativas não for possível.
Enquanto houver o desejo de ter filhos, deve haver um direcionamento de esforços para a preservação do útero.
É claro que, em se tratando de saúde e medicina, não podemos dar respostas genéricas: cada caso é um caso. A saúde e a vida da paciente são soberanas em todas as decisões, e a retirada do útero é eventualmente necessária para preservá-las.
Mas com essas informações pretendemos deixar claro que a histerectomia não deve ser considerada a regra, mas uma opção para casos extremos.
Se você tem miomas e a necessidade de retirar o útero é algo que te assombra, saiba: esse é um desfecho possível, porém pouco provável.
Converse com um médico de confiança sobre as possibilidades de tratamento para o seu caso.
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